Femvertising: representação feminina plural leva à publicidade responsável

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A diversidade na área da comunicação vem se mostrando cada vez mais importante, tanto no mercado de trabalho quanto na publicidade. Um desafio constante é a inserção das mulheres plurais nas propagandas veiculadas fora de períodos sazonais, como o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Isso é conhecido como Femvertising

O diálogo no local de trabalho sobre diversidade e inclusão é essencial. Oferecer acesso a informações de qualidade proporciona uma transformação real na maneira como pensamos, agimos e anunciamos com responsabilidade.

Ao longo dos anos, as mulheres foram representadas de diferentes maneiras pelas publicidades, como a mulher dona de casa, a multitarefa, a do corpo perfeito, a mulher objeto e a dona de si. Alguns desses estereótipos seguem sendo utilizados até hoje, mas agora as marcas são pressionadas por mudanças.  

A representação de mulheres plurais ocorre no mercado publicitário por meio da demanda social. Desde 2015, algumas marcas passaram a valorizar e destacar a diversidade feminina na televisão, na internet e em outdoors. Femvertising é o movimento por trás dessa reinvenção.

Femvertising

A representação feminina está relacionada aos papéis que as mulheres desempenham na sociedade. À medida que seguem lutando para conquistar o espaço que merecem no mercado de trabalho, as mulheres também lutam para que suas imagens sejam valorizadas na publicidade.

O movimento Femvertising surgiu em 2014 e seu nome vem da junção das palavras “feminism” (feminismo) e “advertising” (publicidade). O tema feminino ganhou força e as marcas passaram a sentir a pressão das consumidoras, principalmente nas redes sociais. 

O mercado decidiu atender a essa nova demanda e deu início à estratégia de inserir várias mulheres em suas propagandas, retratadas de forma autêntica e plural. Essa mudança é crucial para permitir que os anunciantes abordem novas questões sociais e também alcancem seu público feminino, que está fortalecido e não está mais disposto a ser estereotipado.

Mulheres plurais

As mulheres enfrentam muitos desafios na sociedade como ela é. Não precisam assistir a comerciais que valorizam o corpo perfeito ou retratam uma Mulher Maravilha, capaz de cuidar da casa, do marido e dos filhos, enquanto trabalha fora de casa e se mantém disposta e perfeita.

O que as espectadoras querem ver – e comprar – são marcas que tenham empatia pelos diferentes tipos de mulheres que existem. E quem são essas mulheres? São as brancas, pretas, pardas, amarelas, indígenas, heterossexuais, homossexuais, trans, magras, plus size, portadoras de deficiências e com diferentes idades. São tantos biotipos de mulheres, que seria difícil listar todas!

Trabalhando com a imagem feminina autêntica, que está longe da perfeição, as marcas podem anunciar com responsabilidade social, apoiar um movimento muito importante e ainda melhorar os resultados, já que as mulheres são responsáveis pela maioria das decisões de compra. 

Mudanças vêm de dentro

Como falamos no início, é essencial que sejam realizados bate-papos e palestras sobre o tema nos ambientes de trabalho, para que homens e mulheres estejam sempre atualizados sobre as novas demandas da sociedade. Com isso em mente, a equipe de Diversidade e Inclusão da Sherlock Communications promoveu uma conversa sobre ‘Mulheres e Diversidade’.

A especialista em comunicação Dra. Letícia Alves Lins, da Letícia Lins Consultoria, conversou com os nossos consultores de Relações Públicas e Marketing Digital sobre a representação feminina na publicidade, seu papel na sociedade e publicidade responsável.

Durante o bate-papo, Letícia explicou que as mulheres são um grupo minoritário, cuja atuação cresce significativamente devido à popularização das redes digitais e o aumento do ativismo em rede. Assim, é necessário compreender a importância do Femvertising e as principais demandas do público feminino, para que o mercado possa atender adequadamente às mulheres plurais.

Written by: Mariana Nadaleto