Web3 e esporte: como a blockchain está inovando na indústria?

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Se engana quem pensa que web3 e esporte fazem parte de mundos diferentes. O esporte evoluiu, assim como a maneira que o consumimos, e a tecnologia é cada vez mais uma aliada dos torcedores na hora de demonstrar sua paixão. 

E embora seja uma tecnologia emergente, os principais clubes, marcas, atletas e ligas esportivas do mundo já possuem alguma relação com a web3, que pretende revolucionar a maneira como interagimos na internet. 

Seja através de games, NFTs, fan tokens ou outras experiências, a indústria do esporte e entretenimento já entendeu o poder da web3 e da blockchain. Além da capacidade de ser uma ótima ferramenta para relacionamento com os fãs, ela também representa uma nova fonte de receita para as organizações esportivas.

Neste artigo, traremos os principais pontos para você entender como esses dois assuntos estão interligados, o que a tecnologia blockchain já trouxe de inovação no setor de esportes e entretenimento e como a imprensa da América Latina vem retratando o tema.

Os Fan Tokens e as novas formas de engajamento

De acordo com o relatório da Deloitte, experiências personalizadas e conectadas com o mundo digital serão o futuro da indústria de relacionamento entre equipes esportivas e fãs, principalmente quando olhamos para a geração Z. 

O estudo mostra, por exemplo, que os jovens torcedores estão mais interessados em conteúdos exclusivos e experiências para-além-do-jogo do que ir ao estádio pessoalmente. Essa revelação aponta um caminho para os clubes. 

Até o surgimento das redes sociais e dos fan tokens, a estratégia de relacionamento dos clubes era 100% focada na operação de jogo. O grande benefício dos programas de fidelidade da maioria dos times de futebol, por exemplo, é a prioridade na fila da compra e desconto nos ingressos. 

Mas isso acaba deixando de lado uma imensa parcela de torcedores, como aqueles que moram longe ou não têm interesse de ir ao estádio, mas que poderiam estar ajudando os cofres do clube de outra maneira.

Os fan tokens surgem então em 2020, quando o gigante clube francês Paris Saint-Germain lança pela primeira vez seu ativo digital no futebol. Depois disso, foi a vez de diversas outras equipes, como Barcelona, Manchester City, Corinthians, Flamengo, São Paulo, Palmeiras e muito mais. E não foi só no futebol, mas equipes da F1, rugby, tênis e MMA também desenvolveram seus fan tokens. Tudo com o objetivo de ser um novo ponto de contato entre a instituição esportiva e o torcedor.  É web3 e esporte caminhando juntos.

O que são fan tokens?

Caso você ainda não esteja familiarizado com a tecnologia, o fan token funciona como uma chave que tem a marca do time e permite acessar uma comunidade exclusiva de experiências e benefícios, como conhecer jogadores, participar de votações do time, obter ingressos VIP ou até mesmo resgatar viagens oficiais e memorabilia autografada – o que acaba sendo vantajoso para torcedores que desejam estar cada vez mais próximos das suas equipes de coração. 

Esta democratização da propriedade esportiva não só aprofundou o envolvimento dos torcedores, mas também proporcionou às equipes fluxos de receitas alternativos e escalonáveis, promovendo um ecossistema esportivo mais sustentável.

Vale destacar que o fan token não é uma criptomoeda, já que ele não tem poder de compra, apenas resgatar experiências. Embora muitos investidores comprem os fan tokens com expectativa de valorizarem com o tempo para então vendê-los, os fan tokens não têm caráter financeiro, e sim de utilidade. 

Transparência e descentralização

A transparência e a descentralização são dois princípios fundamentais da web3, que engloba tecnologias como a blockchain e a tokenização. A blockchain, por exemplo, funciona como uma rede de registros de dados criptografados acessível para consulta por qualquer pessoa – ou seja, é 100% transparente. 

Essa transparência pode garantir que todas as ações dentro do ecossistema esportivo, como a venda de ingressos até os contratos dos atletas, possam ser monitoradas e verificadas por todas as partes interessadas (torcedores, clubes, ligas, marcas), sem a necessidade de intermediários. E é aqui que entra o princípio da descentralização. 

A descentralização reforça ainda mais a confiança da blockchain ao distribuir o controle e o poder de decisão através de uma rede de validadores, reduzindo a influência das autoridades centralizadas e promovendo a inclusão dentro da comunidade esportiva. 

Imagine atletas negociando contratos diretamente com equipes ou patrocinadores, contornando os intermediários tradicionais e garantindo uma compensação justa e transparente. 

Esse poderá ser o caminho. E caso você questione sobre a credibilidade da web3, vale mencionar que, em fevereiro de 2024, o clube francês Paris Saint-Germain se tornou o primeiro time de futebol validador de blockchain no mundo, demonstrando seu pioneirismo em projetar o futuro.

Web3 e esporte na imprensa latina

O tema web3 e esporte na imprensa latino-americana ainda não é consenso. Enquanto os jornalistas de cripto economia e de negócios no esporte já demonstram interesse no assunto, a imprensa esportiva e de tecnologia reluta para abordar as inovações.

Como já estão familiarizados com o universo da blockchain, os jornalistas de cripto enxergam com otimismo a adoção da web3 pela indústria do esporte e se mostram muito dispostos a trabalhar em histórias sobre o tema.

Já os jornalistas de negócios no esporte também se mostram abertos para entender o mercado, visto que estamos falando sobre novas fontes de receita aos clubes e instituições esportivas.

Por outro lado, jornalistas esportivos e de tecnologia parecem ainda não se sentir muito confortáveis para trabalhar em pautas sobre o tema. E aqui podemos citar diversas razões como: o foco de cada editoria (enquanto a imprensa esportiva está focada nos resultados dos jogos, a imprensa de tecnologia quer testar os últimos gadgets lançados), desconfiança por se tratar de uma nova tecnologia (como sempre aconteceu na história da humanidade) e falta de conhecimento e capacidade de traduzir o assunto para o leitor. Mas nada que não seja solucionado.

Um bom programa de PR que conte com divulgação de conteúdos, com dados e citações relevantes do mercado, além de grandes experiências promovidas ao lado dos clubes esportivos parceiros e encontros de relacionamento com os formadores de opinião podem ajudar a superar essas barreiras.

Sherlock é uma agência especialista em web3 e esporte na América Latina

Aqui na Sherlock, temos uma equipe especializada em web3 e esportes justamente para solucionar esses problemas. Pela nossa experiência na região, há uma grande necessidade de se educar o público (tanto o consumidor final, quanto o jornalista). E não dá para fazer isso de qualquer maneira. Por essa razão, em nosso programa de PR, contamos com diversas estratégias com teor educativo. 

Além da produção de conteúdos feitos a mão e que realmente engajem com jornalistas de redação revelando na prática como a tecnologia web3 pode beneficiar clubes e torcedores, também acreditamos que encontros presenciais e presentes físicos são uma ótima forma de garantir que o jornalista entenda a relação da web3 com o esporte. Por aqui já realizamos eventos de lançamento, coletivas de imprensa, entrevistas um a um e diversos encontros de relacionamentos. Tudo para ajudar a traduzir o poder da blockchain no esporte para jornalistas fora da bolha cripto e garantir diversas coberturas aos nossos clientes.

Written by: Lucas de Abreu Palma